Declaração formal de votos
Ao permitir que o meu
Cruzeiro perdesse do Flamengo, ontem, corro o risco de repetir o que aconteceu
com Seu Joaquim, numa eleição para vereador de Minas Novas. Felipe Mota
convidou Joaquim para integrar a chapa e ele aceitou e bolou sua estratégia
eleitoral, com a compra de um caderno escolar. Felipe disse a Joaquim que estimava
em trezentos votos o necessário para sua vitória. Seguro disso, Seu Joaquim ia
abordando parentes e amigos e lhes perguntava: -
ocê vai votá ni mim? E todos os abordados diziam que sim e Joaquim anotava seus
nomes numa grande lista de 001 a 300 e pedia que assinassem aquele
"documento". Em poucos dias, Joaquim conseguiu trezentos votantes,
devidamente compromissados com suas assinaturas, rubricas ou impressões
digitais e disse a Felipe: - minha vitória tá no papo, nem preciso mais de
outros votos. A notícia de seu feito correu da Barra ao Rosário (do Oiapoque ao
Chuí) e as pessoas, de sacanagem, procuravam Joaquim, dizendo que queriam votar
nele e apor as suas assinaturas naquele caderno. Joaquim, educado como sempre,
dizia: ô meu fi, carece di votá neu não, pois tô eleito! Vote na comadre Lia,
modi que ela tá fraquinha, fraquinha!!! Resumo da ópera, Joaquim teve três
votos e nunca mais confiou naquela gente safada!
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