segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Declaração formal de votos

Ao permitir que o meu Cruzeiro perdesse do Flamengo, ontem, corro o risco de repetir o que aconteceu com Seu Joaquim, numa eleição para vereador de Minas Novas. Felipe Mota convidou Joaquim para integrar a chapa e ele aceitou e bolou sua estratégia eleitoral, com a compra de um caderno escolar. Felipe disse a Joaquim que estimava em trezentos votos o necessário para sua vitória. Seguro disso, Seu Joaquim ia abordando parentes e amigos e lhes perguntava: - ocê vai votá ni mim? E todos os abordados diziam que sim e Joaquim anotava seus nomes numa grande lista de 001 a 300 e pedia que assinassem aquele "documento". Em poucos dias, Joaquim conseguiu trezentos votantes, devidamente compromissados com suas assinaturas, rubricas ou impressões digitais e disse a Felipe: - minha vitória tá no papo, nem preciso mais de outros votos. A notícia de seu feito correu da Barra ao Rosário (do Oiapoque ao Chuí) e as pessoas, de sacanagem, procuravam Joaquim, dizendo que queriam votar nele e apor as suas assinaturas naquele caderno. Joaquim, educado como sempre, dizia: ô meu fi, carece di votá neu não, pois tô eleito! Vote na comadre Lia, modi que ela tá fraquinha, fraquinha!!! Resumo da ópera, Joaquim teve três votos e nunca mais confiou naquela gente safada!

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