Meire vai me matar, mas esta eu vou postar
Por pouco nasci no primeiro
No dia Primeiro de Abril
Por isso sou presepeiro
Mentiroso-mor do Brasil!
No dia Primeiro de Abril
Por isso sou presepeiro
Mentiroso-mor do Brasil!
Nasci num castelo encantado
Num berço folheado a ouro
Nas barrancas do Fanado
Onde enterrei um tesouro
Num berço folheado a ouro
Nas barrancas do Fanado
Onde enterrei um tesouro
Com quatro anos de idade
Eu já montava num touro
Que pra minha felicidade
Não passava d´um besouro
Eu já montava num touro
Que pra minha felicidade
Não passava d´um besouro
Com cinco, na Irmandade,
Eu já carregava o cofre
E se não acham qué verdade
Que perguntem ao Onofre
Eu já carregava o cofre
E se não acham qué verdade
Que perguntem ao Onofre
Aos seis, aprendiz de ferreiro,
Nave espacial construí
Que decolava do Batieiro
Pelo amigo Evandro Duí
Nave espacial construí
Que decolava do Batieiro
Pelo amigo Evandro Duí
Com meu primo Zé Bustica
Construí uma catapulta
Daquelas que a gente risca
E explode o fidaputa
Construí uma catapulta
Daquelas que a gente risca
E explode o fidaputa
Aos sete, bem abusado,
Resolvi uma equação,
De como fazer o Fanado
Irrigar o Kazaquistão.
Resolvi uma equação,
De como fazer o Fanado
Irrigar o Kazaquistão.
Aos oito fiz um biscoito
Assado nas pedras da rua
Mas Demosthenes bem afoito
Engoliu a massa crua.
Assado nas pedras da rua
Mas Demosthenes bem afoito
Engoliu a massa crua.
Aos nove, numa alquimia,
Transformei água em pinga
Mas o meu amigo Bibia
Esvaziou a minha moringa
Transformei água em pinga
Mas o meu amigo Bibia
Esvaziou a minha moringa
Aos dez, aprendi o grego,
E todas línguas da Babel,
Também arrumei emprego
Pro meu amigo Zé Miguel
E todas línguas da Babel,
Também arrumei emprego
Pro meu amigo Zé Miguel
Aos onze, achei um jeito
De progredir Minas Nova
Então procurei o prefeito
Mas quase levei uma sova
De progredir Minas Nova
Então procurei o prefeito
Mas quase levei uma sova
Aos doze, magrelo e feio
Quis achar u´a namorada
Então mandei pelo correio
Uma foto emprestada...
Quis achar u´a namorada
Então mandei pelo correio
Uma foto emprestada...
Com treze, por conta da foto
Dum tal Natalino Bucho
Na Itália, um terremoto
Em Turmalina, seu repuxo
Dum tal Natalino Bucho
Na Itália, um terremoto
Em Turmalina, seu repuxo
E nada de vir as meninas
E eu com a mão calejada
Imaginando as serafinas
No meu trono na privada
E eu com a mão calejada
Imaginando as serafinas
No meu trono na privada
Dos treze aos quase sessenta
Eu não posso reclamar
Pois bem umas quase trezentas
Quiseram comigo ficar.
Eu não posso reclamar
Pois bem umas quase trezentas
Quiseram comigo ficar.
Dispensarem-me umas duzentas
Me sobraram umas cem,
Mas pelos menos cinquenta
Me acharam um Zé Ninguém
Me sobraram umas cem,
Mas pelos menos cinquenta
Me acharam um Zé Ninguém
Das cinquenta que sobraram
Em todas eu dei o bote
Quase todas reclamaram
Da curteza do meu dote
Em todas eu dei o bote
Quase todas reclamaram
Da curteza do meu dote
Realmente o dote é curto
Pois eu vivo de salário
Mas por mais que seja astuto
Eu não sou um milionário
Pois eu vivo de salário
Mas por mais que seja astuto
Eu não sou um milionário
Das nove que me sobraram
Pra oito, um noves fora
Também me consideraram
Metido, abusado e gabola...
Pra oito, um noves fora
Também me consideraram
Metido, abusado e gabola...
Mas sou um cara de sorte,
Ainda que mentiroso,
Pois reina em minha corte,
Minha Meire, Meu tesouro!
Ainda que mentiroso,
Pois reina em minha corte,
Minha Meire, Meu tesouro!
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