quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A temperança

Cultivar a temperança, uma das virtudes cardinais, pelos menos no entender dos idiotas dos gregos, não é nada fácil, sobretudo para um sujeito que, por vontade de seus imaginários súditos, enfeixa na Cafuringa o papel de monarca, presidente, potentado, caudilho, doge ou bambambã, desde que a patroa não chegue e diga: - vá pentear macaco e caçar o seu lugar! Como ela chega tarde, me vejo na obrigação de cuidar das coisas de um reino que é cobiçado pelas cabeças coroadas ao redor, mas também sujeito a rebeliões, levantes, revoluções e guerras intestinas, sem contar os ronaldinhos fenômenos da natureza, como o vendaval que, hoje, passou zunindo e tinindo pelo pobre telhado de nosso Palácio de Bugigangas. Até agora, entre rápidas vindas ao meu FOU - Face (Diário) Oficial da União, fui comunicado, pelo menos umas vinte vezes, pelo meu Ministro da Defesa Geraldo Merdinha, de quase catástrofes, tsunamis, vazamentos de gás, terremotos, torneiras pingando, maremotos, portas emperradas, aeromotos, tomadas estragadas, erupções vulcânicas, goteiras, furacões, que segundo ele rondaram o nosso território neste fim de dia.Tentei acudir a todas essas ameaças, mas quase não dei conta do recado, pois o nosso embaixador escocês, Sir Johnny Walker queria por que queria que eu fosse despachar com ele. Quase que perdi a temperança e a esportiva!

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